A sexta rodada do campeonato paranaense 2015 foi iniciada na quinta feira e concluída no domingo. No geral não tivemos grandes problemas para a turma do apito nos jogos televisionados. Vejamos.
ATLÉTICO PR. x FOZ DO IGUAÇU
Árbitro: Leandro Barros Nunes
Assistente 1: Luiz Henrique de Souza S. Renesto
Assistente 2: Marcos Rogério da Silva
Na grande surpresa da rodada, a equipe da fronteira acabou vencendo o Atlético em plena arena da baixada. O trabalho desenvolvido pela equipe de arbitragem foi muito bom. Leandro Barros Nunes, jovem talento de uma excelente safra de 2010, teve um ótimo desempenho tanto na parte disciplinar como na parte técnica. A rigor, seu único equívoco de maior gravidade foi não mostrar cartão amarelo para o zagueiro Gustavo do Atlético Paranaense, que atingiu seu adversário no tornozelo num carrinho temerário. No mais, manteve o controle do jogo durante os 90 minutos, num jogo de baixo grau de dificuldade. Seus assistentes passaram com nota máxima sem cometerem quaisquer erros, muito embora tenham sido pouco exigidos, em especial na sua principal atribuição, o impedimento.
PARANÁ CLUBE x NACIONAL
Árbitro: Everaldo Lambert Modesto
Assistente 1: Luciano Roggenbaum
Assistente 2: Giovani Marcos Matielo
O bom e experiente árbitro, dotado de personalidade muito forte, começou o jogo cometendo o equívoco de segurar o cartão amarelo a todo custo. A velha mania de tentar adivinhar o final do filme sem assistir. A quantidade de advertências e o número de faltas do jogo, deverão refletir a realidade da partida, não cabendo ao árbitro fazer vistas grossas para reduzir esse número a fórceps. Com 7 minutos de jogo, o atleta do Nacional, sem condições de disputar a bola, simplesmente agarrou seu adversário de forma acintosa, parecendo golpe de judô, cometendo uma falta tática para impedi-lo de obter a posse da mesma. E nada de cartão. Logo em seguida, o assistente 2 sinaliza uma infração corretamente e o árbitro simplesmente ignora a marcação. Aos 14 minutos o atleta do Nacional dá um carrinho temerário e nada de amarelo. Aos 20 minutos o zagueiro do Paraná interrompe um ataque promissor e novamente o cartão fica esquecido no bolso. Finalmente aos 33 minutos surge o primeiro cartão amarelo para o atleta do Nacional, sob a alegação de persistir no cometimento de faltas, ou seja, pelo conjunto da obra. A partir desse momento o árbitro acordou e mudou completamente sua postura, passando a advertir os atletas faltosos, e o fez corretamente aos 35, 44 e 45 da etapa inicial. Demorou muito correndo o risco de perder o controle da partida. Com 30 segundo da etapa final novamente tivemos lance pra cartão amarelo. E assim seguiu o jogo até o seu final com cartões bem e mal aplicados. Não dá pra dizer que arbitragem foi boa no aspecto disciplinar. Já no aspecto técnico a arbitragem foi muito boa, com alguns pequenos deslizes sem muita repercussão. Apenas para registro, o procedimento para cobrança do tiro de canto não foi alterado, devendo ser cobrado no quarto de círculo mais próximo do local onde a bola ultrapassar a linha de meta. Aos 19 minutos do primeiro tempo, a bola claramente saiu pelo lado esquerdo do goleiro, sendo que a cobrança foi efetuada no lado direito do goleiro. A equipe do Parana teve um gol mal anulado em razão do toque de mão do atacante. Digo isso porque não houve qualquer intenção do atacante em atingir voluntariamente a bola com a mão e sequer agiu de forma irresponsável ampliando a área corporal mediante abertura dos braços. A bola chega de uma distância curta após o goleiro espalmá-la num cruzamento (bola que chega de forma inesperada); a distância entre a bola e atacante é curta e não existe o movimento da mão em direção a bola mas sim da bola em direção a mão. Finalmente, o movimento dos braços é totalmente natural. É óbvio que pelas circunstâncias a anulação jamais será contestada, e a decisão de anular o gol acaba trazendo menos problemas que sua confirmação. Acredito que 90% dos árbitros agiria da mesma forma. Tudo isso é compreensível. Mas a luz da regra do jogo o gol foi legal. Observem a sequencia de fotos abaixo. Não se compara ao vídeo mas podemos ter uma ideia do lance. Os assistentes tiveram um ótimo desempenho sem quaisquer erros significativos. Arbitragem satisfatória num jogo de média dificuldade.
Foto 1 - Após o cruzamento goleiro espalma a bola em direção do atacante
Foto 1 - Após o cruzamento goleiro espalma a bola em direção do atacante
Foto 3 - A bola vai em direção a mão e não a mão em direção a bola (bola inesperada)
PRUDENTÓPOLIS x CORITIBA
Árbitro: Edivaldo Elias da Silva
Assistente 1: Moisés Aparecido de Souza
Assistente 2: Diego Grubba Schitkovski
Esse jogo me fez lembrar um velho filme de faroeste chamado "Pague pra entrar e reze pra sair". Não me recordo de um jogo que tenha demorado tanto pra acabar. Jogo de baixíssimo nível técnico, o que normalmente espirra na arbitragem, pois via regra quando o jogo é ruim tudo acaba ficando ruim. E vice versa em relação aos bons jogos. Mas nesse caso, a arbitragem teve um ótimo desempenho num jogo em que a bola era apenas um pequeno detalhe. Tanto no aspecto técnico como no disciplinar a arbitragem acertou em praticamente todas as tomadas de decisões. Os assistentes estiveram no mesmo ritmo. Somente nos últimos 5 minutos que o experiente Edivaldo Elias resolveu apitar a moda antiga, paralisando o jogo sem necessidade, o que não chegou a comprometer o trabalho como um todo. Ótima arbitragem em algo parecido com jogo de futebol.
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