segunda-feira, 13 de abril de 2015

Domingo negro

Neste final de semana parece que os árbitros e assistentes brasileiros combinaram previamente quem faria mais lambança e consequentemente apareceria com maior destaque na mídia nacional. Foi um festival de erros, alguns deles grosseiros, que acabaram colocando os jogos decisivos em segundo plano. Só deu arbitragem nos  debates dos programas esportivos. O Paraná deu a sua contribuição para esse domingo negro. Apenas para consolo, o grande clássico inglês realizado ontem, envolvendo Manchester City e Manchester United, teve dois gols marcados em completo impedimento. E olha que estamos falando daquela que julgo a melhor arbitragem mundial, hoje praticamente profissionalizada. Mas vamos nos ater ao que se passou nas semi-finais do campeonato paranaense.

Coritiba x Londrina

Árbitro: Selmo Pedro dos Anjos Neto
Assistente 1: Luiz Henrique de Souza Renesto
Assistente 2: João Fábio Machado Brischilliari

Esse jogo Londrina versus Coritiba está se tornando o mais temido pra turma do apito. Virou quase que uma casa mal assombrada. Quem está fora morre de curiosidade com o que tem lá dentro. Já quem está dentro morre de vontade de correr pra fora. Por incrível que possa parecer, não sei se por coincidência ou incompetência, mas toda vez que essas equipes se confrontam é sinônimo de confusão envolvendo arbitragem. A novidade é que em relação ao último encontro o choro mudou de lado. Diga-se de passagem, o hábito da lamentação nos jogos entre Londrina e Coritiba tornou-se tão corriqueiro, que até quando o árbitro acerta acaba virando alvo de críticas. Isso ocorreu na partida realizada em Curitiba no turno de classificação. Naquela oportunidade o Coritiba venceu por 1 X 0, gol marcado através de tiro penal, corretamente marcado pelo árbitro. Mas no jogo de ontem, abrindo a semi-final, o excelente Selmo Pedro dos Anjos Neto teve uma tarde pra ser esquecida. Foi um primeiro tempo sofrível com muitos erros técnicos e disciplinares. Nem parecia o árbitro seguro e concentrado de outras oportunidades. Estava diferente; muito apagado no jogo, não conseguia se impor perante os atletas, realizando uma leitura equivocada dos lances, enfim, sem o efetivo controle da partida. Não vou relatar cartão por cartão pois na parte disciplinar os erros foram maiores que os acertos. Tecnicamente deixou de assinalar um tiro penal claríssimo a favor do Coritiba, com certeza seu maior pecado no jogo. Outro lance reclamado pelo Londrina que também foi falta mas não pênalti, ocorreu quando o jogador do Coritiba atinge o pé esquerdo do atleta do Londrina fora da área penal (foto). Nessa teve um restinho de sorte. Não será um jogo que mudará minha opinião a respeito do excelente árbitro. Acontece com os melhores do mundo. Vida que segue. Cabeça levantada pra se recuperar na próxima. Na derrota muitas vezes aprendemos as mais duras e importantes lições.  Seus assistentes tiveram um ótimo desempenho. Vejam na foto abaixo o detalhe do gol do Londrina, onde o  assistente 2 percorre curto espaço de terreno em altíssima velocidade, chegando praticamente junto a bola (foto). Isso significa aplicar o treinamento físico na prática. Uma fraca arbitragem num jogo que se tornou difícil pela própria atuação do árbitro.

Toque no pé esquerdo fora da área


Assistente 2 chegando em alta velocidade na bandeira de canto



Foz do Iguaçu x Operário

Árbitro: Adriano Milkcvsky
Assistente 1: Bruno Boschillia
Assistente 2: Luciano Roggenbaun

O experiente árbitro deu um pequeno susto ao mostrar um cartão amarelo equivocado nos primeiros minutos de jogo, num lance que até a própria falta é discutível. Mas felizmente gastou naquele único lance toda cota de equívocos trazida pra fronteira, pois no restante do jogo foi um show de arbitragem. Domínio completo da partida, com leitura perfeita dos lances, sem se deixar levar pela pressão da torcida que lotou o estádio do ABC, e exigia cartão amarelo a cada falta cometida pela equipe do Operário. Personalidade forte, manteve o critério ao longo dos 90 minutos o que redundou num excelente trabalho, tanto na parte técnica como na parte disciplinar. O assistente 1, Bruno Boschillia, nosso representante na FIFA, se empolgou demais no auxílio ao árbitro central, marcando duas ou três faltas inexistentes. Lances normais de carga legal que o árbitro acompanhou a decisão do assistente mais pra não perdeu o amigo. Nada que comprometesse o excelente trabalho da equipe de arbitragem, num jogo sem grandes decisões, portanto, normal.  Adriano carimbou o passaporte pra mais uma final do paranaense. 













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