O campeonato paranaense 2015 começa a afunilar e logicamente os jogos vão se tornando cada vez mais importantes e consequentemente mais disputados. Dos quatro jogos disputados neste final de semana, válidos pelas quartas de final, acompanhamos duas partidas. No sábado o duelo entre Paraná e Operário e no domingo a partida entre Cascavel e Coritiba. Nos dois jogos o resultado foi legitimado pela arbitragem. Não obstante, algumas observações se fazem necessárias. Vejamos.
Operário x Paraná
Árbitro: Selmo Pedro dos Anjos Neto
Assistente 1: Bruno Boschillia
Assistente 2: Weber Felipe da Silva
Qualquer pessoa desavisada que chegasse no estádio Couto Pereira sem conhecimento a respeito da partida que estava sendo realizada, e de qual competição se tratava, imaginaria que estivesse assistindo a um jogo de nível internacional, similar aos que acompanhamos nos principais campeonatos europeus. Digo isso sem pestanejar pela qualidade do espetáculo no primeiro tempo, num jogo em que a bola não parava, disputado com muita intensidade mas com extrema lealdade entre os atletas. Este é o futebol que certamente trará o torcedor de volta aos estádios. E se por um lado os atletas de ambas as equipes merecem os cumprimentos pela qualidade do jogo apresentada, obviamente que o condutor do espetáculo, o árbitro, não pode passar desapercebido, pois sua forma de conduzir a partida foi determinante para a qualidade do jogo. A dinâmica empregada pelo árbitro, permitindo que o jogo se desenvolvesse com pouquíssimas interrupções, fazendo uma leitura correta e adequada dos lances, foi preponderante para que o jogo fosse tão prazeroso ao expectador. Todavia, não basta querer. É fundamental que o árbitro esteja muitíssimo bem preparado fisicamente e disposto a arbitrar modernamente, saindo da zona de conforto para correr maiores riscos. Em suma, parar de se esconder atrás do apito. No primeiro tempo possivelmente não tivemos 10 faltas. E pouca coisa ficou no passivo do árbitro. No segundo tempo o jogo foi um pouco mais truncado mas mesmo assim tivemos um bom espetáculo. Apesar do bom desempenho do árbitro, alguns pontos precisam ser melhorados. Tivemos um tiro livre a favor do Paraná Clube em que o atleta Lúcio Flávio cobra rapidamente lançando a bola contra seu oponente, retomando a posse de bola para seguir a jogada. O árbitro paralisou mandando repetir a cobrança. Equívoco. Ficou claro que se tratava de cobrança tática e totalmente permitida pela regra. Diferente seria se o atleta chutasse a bola no adversário de forma agressiva. Nesse caso ambos deveriam ser advertidos. Quem chutou por atingir o adversário de forma temerária, e este por não guardar a distância regulamentar. Precisa também usar o deslocamento lateral e de costas quando as circunstâncias exigirem. Correr olhando pra trás dificulta o foco no lance. Na parte disciplinar discuto apenas a expulsão do atleta do Paraná. Não pela linguagem ofensiva que redundou no cartão vermelho, mas pelo cartão amarelo que antecedeu a esse lance. O goleiro do Operário estava caído e segundo relatou o árbitro, o atleta do Paraná se aproximou dizendo "não foi nada, você está de brincadeira. " Não posso concordar com uma advertência nessas circunstâncias. Isso não é ofensa alguma e faz parte do contexto do jogo de futebol. Exagerou o árbitro. Era uma situação totalmente administrável e talvez evitasse a expulsão no lance subsequente. Nada que justifique o destempero do atleta expulso. Os assistentes tiveram uma boa atuação. O assistente 1 foi menos exigido e acertou na indicação de impedimento no lance em que o atacante do Operário concluiu a gol. O assistente 2 teve dois lances bastante ajustados em que sinalizou infração de impedimento. Confesso que em ambos tive a impressão de mesma linha. Mas a imagem da televisão não é adequada para uma conclusão, o que nos leva a ratificar a decisão do assistente. No geral uma boa arbitragem num jogo de média dificuldade.
Cascavel x Coritiba
Árbitro: Nilo Neves dos Santos Junior
Assistente 1: Moisés Aparecido de Souza
Assistente 2: Antonio Marcos de Andrade
O experiente árbitro não reprisou as apresentações anteriores. O critério de marcação de faltas não espelhou a realidade dos fatos, ora permitindo a sequência dos lances em faltas claras, ora sancionando faltas inexistentes. Tivemos toque de mão claro não marcado, enfim, deixou a desejar nesse quesito. Passou a impressão de que atuava preocupado em finalizar o jogo com baixo número de faltas sancionadas. Esse é um enorme equívoco que muitos árbitros continuam cometendo. Entram no campo com ideias pré concebidas, como se todas as partidas fossem iguais. Em compensação foi muito bem na marcação do tiro penal a favor do Cascavel, em lance claro de toque de mão voluntário, lance muito mais relevante que os demais. Na parte disciplinar também sonegou cartões amarelos, em algumas situações até com faltas duras e desleais. Também não vejo com bons olhos os efusivos abraços em técnico e atletas. Parecia político em campanha. O tratamento educado com urbanidade é imprescindível. Excesso de intimidade com abraço em técnico acho desaconselhável, principalmente no Brasil onde tudo é visto com desconfiança. Muitos árbitros agem dessa forma imaginando que seus erros serão mais tolerados. Ledo engano. Vai continuar sendo alvo daqueles que sempre transferem suas responsabilidades e fracassos a arbitragem. Seus assistentes tiveram um ótimo desempenho, com destaque ao lance de ataque do Cascavel, finalizado em gol mas anulado por infração de impedimento em lance extremamente ajustado. Acertou o experiente Moisés Aparecido de Souza, com seus cabelos esmaltados de prata, que tal qual o vinho, quanto mais velho fica melhor se apresenta. Foi uma arbitragem satisfatória num jogo de baixa dificuldade.
O experiente árbitro não reprisou as apresentações anteriores. O critério de marcação de faltas não espelhou a realidade dos fatos, ora permitindo a sequência dos lances em faltas claras, ora sancionando faltas inexistentes. Tivemos toque de mão claro não marcado, enfim, deixou a desejar nesse quesito. Passou a impressão de que atuava preocupado em finalizar o jogo com baixo número de faltas sancionadas. Esse é um enorme equívoco que muitos árbitros continuam cometendo. Entram no campo com ideias pré concebidas, como se todas as partidas fossem iguais. Em compensação foi muito bem na marcação do tiro penal a favor do Cascavel, em lance claro de toque de mão voluntário, lance muito mais relevante que os demais. Na parte disciplinar também sonegou cartões amarelos, em algumas situações até com faltas duras e desleais. Também não vejo com bons olhos os efusivos abraços em técnico e atletas. Parecia político em campanha. O tratamento educado com urbanidade é imprescindível. Excesso de intimidade com abraço em técnico acho desaconselhável, principalmente no Brasil onde tudo é visto com desconfiança. Muitos árbitros agem dessa forma imaginando que seus erros serão mais tolerados. Ledo engano. Vai continuar sendo alvo daqueles que sempre transferem suas responsabilidades e fracassos a arbitragem. Seus assistentes tiveram um ótimo desempenho, com destaque ao lance de ataque do Cascavel, finalizado em gol mas anulado por infração de impedimento em lance extremamente ajustado. Acertou o experiente Moisés Aparecido de Souza, com seus cabelos esmaltados de prata, que tal qual o vinho, quanto mais velho fica melhor se apresenta. Foi uma arbitragem satisfatória num jogo de baixa dificuldade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário