Atletas lesionados durante uma partida de futebol é algo bastante corriqueiro e totalmente previsível. Em se tratando de futebol brasileiro, onde os atletas simulam na maior cara de pau, é necessário que o árbitro atente para alguns aspectos sob pena de virar uma marionete nas mãos de alguns pseudo espertalhões.
As orientações são claras mas muitos árbitros acabam de uma forma ou outra não cumprindo. Recordando, sempre que o árbitro entender que a lesão é de natureza leve, deve evitar de paralisar o jogo imediatamente para atendimento ao atleta, aguardando até que a bola esteja fora de jogo para eventual auxílio médico.
Muitos virão com a famosa defesa ao árbitro dizendo que ele não é médico (via de regra) e portanto não compete ao mesmo avaliar se a lesão é grave ou não. Não é bem assim. Pelas características de certos lances, o árbitro consegue ao menos indícios que lhe indiquem se é ou não o caso de paralisação. É muito comum que o atleta contundido sem gravidade retome sua condição ao perceber que o jogo não foi paralisado.
Isso é de vital importância pois se os atletas perceberem que o árbitro interromperá o jogo a todo instante, por qualquer tipo de lesão, tentarão tirar proveito dessa deficiência, principalmente quando o placar for favorável. E aí o árbitro entra numa enrascada pois não bastasse a simulação do atleta, certamente ela virá acompanhada de um pedido de aplicação do desmoralizado fair play.
Isso é de vital importância pois se os atletas perceberem que o árbitro interromperá o jogo a todo instante, por qualquer tipo de lesão, tentarão tirar proveito dessa deficiência, principalmente quando o placar for favorável. E aí o árbitro entra numa enrascada pois não bastasse a simulação do atleta, certamente ela virá acompanhada de um pedido de aplicação do desmoralizado fair play.
No caso de lesões graves, em especial os choques de cabeça, deverá o árbitro agir de forma rápida e eficaz pois alguns minutos podem ser imprescindíveis e decisivos dependendo do tipo de lesão. E nesse caso o jogo propriamente dito, vantagens, etc, passarão a um plano secundário.
Estando o atleta consciente, o árbitro irá consultá-lo antes de autorizar a entrada do médico no campo de jogo para avaliar a lesão e assegurar um transporte adequado do jogador para fora do campo de jogo. Nesse caso, os maqueiros só devem ingressar no campo de jogo com a anuência do árbitro.
E por falar em maqueiros, toda atenção é pouca. Alguns são torcedores declarados e as vezes descarregam sua ira no atleta adversário transportado, lançando ofensas, atingindo suas costas com o joelho durante o transporte ou, se nada disso funcionar, arremessando a maca ao solo ao chegar fora do campo de jogo no local onde irá receber atendimento médico. E nessas horas esse agente externo pode gerar uma grande confusão na partida.
Claro que ao árbitro compete assegurar o transporte seguro e rápido do jogador lesionado para fora do campo de jogo, não permitindo que o atendimento médico ocorra no interior do campo de jogo, salvo naquele primeiro momento de avaliação por parte do médico.
E se houver sangramento, o atleta deve deixar o campo de jogo, somente podendo retornar se o sangramento cessou. Não há necessidade do árbitro se deslocar para conferir pessoalmente, podendo um dos assistentes ou o quarto árbitro checar o atleta, informando ao árbitro se possui ou não condições de retornar.
Sequer é necessário aguardar uma paralisação do jogo. Importante lembrar que jamais poderá retornar ao campo de jogo com manchas de sangue no equipamento obrigatório, medida preventiva face as doenças transmissíveis pelo contato com o sangue contaminado.
Sequer é necessário aguardar uma paralisação do jogo. Importante lembrar que jamais poderá retornar ao campo de jogo com manchas de sangue no equipamento obrigatório, medida preventiva face as doenças transmissíveis pelo contato com o sangue contaminado.
Quando o árbitro autorizar a entrada do médico no campo de jogo, o jogador deverá obrigatoriamente sair do campo, seja na maca ou caminhando; se o jogador se negar a cumprir a determinação do árbitro, deverá ser advertido com cartão amarelo por conduta antidesportiva.
Um atleta lesionado somente poderá retornar ao campo de jogo depois que a partida tiver sido reiniciada, devendo ingressar através da linha lateral quando a bola estiver em jogo ou, se reiniciado e novamente paralisado, o árbitro poderá autorizar o retorno do atleta ao campo por qualquer linha demarcatória, já que a bola está fora de jogo.
Com relação ao aspecto disciplinar, caso o atleta contundido tenha cometido infração punível com cartão amarelo ou vermelho, o cartão deverá ser apresentado antes de deixar o campo de jogo, inclusive na maca. Essa medida evita a antiga manobra de retirar o atleta para atendimento e ato contínuo o técnico promover sua substituição, ciente de que ao retornar ele será advertido ou expulso.
Pra finalizar, existem quatro exceções a esse procedimento que são as seguintes:
1) Se um goleiro estiver lesionado, obviamente que o atendimento será realizado no campo de jogo, pois em hipótese alguma uma partida poderá prosseguir sem goleiro.
2) Da mesma forma, se além do goleiro tivermos um outro jogador, ambos serão atendidos no campo de jogo pois, se ao goleiro será obrigatório o auxílio médico no campo de jogo, não tem sentido retirar o outro atleta, na medida em que o jogo continuará parado e portanto não haverá perda de tempo.
3) Se forem dois jogadores da mesma equipe e necessitarem de atendimento
imediato, também poderão receber auxílio médico no campo de jogo, a fim de evitar que uma equipe fique privada de dois atletas por um certo tempo de jogo, causando um desequilíbrio numérico significativo no jogo.
4) Finalmente, se ocorrer uma lesão grave, cite-se uma fratura, choque violento de cabeça, etc, o atendimento dentro do campo deverá ser autorizado pelo árbitro, pelos enormes riscos a que está sujeito o atleta nessas circunstâncias.
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