domingo, 1 de fevereiro de 2015

Largada do campeonato paranaense 2015

Começou no último sábado o campeonato paranaense 2015. Acompanhamos os três jogos transmitidos pelas televisões aberta e fechada. A seguir vamos fazer uma breve análise do trabalho desenvolvido pela equipe de arbitragem em cada jogo:

1) Nacional X Coritiba

Árbitro: Fábio Filipus
Assistente 1: Julio Cesar de Souza
Assistente 2: Felipe Gustavo Schmidt

Fábio Filipus, pra quem não se recorda, foi o árbitro que apitou a final do campeonato paranaense 2014 entre Maringá e Londrina. Neste jogo de abertura teve uma atuação muito boa tanto no aspecto técnico como no disciplinar. Fisicamente, como de costume, sobrou. Em momento algum perdeu o controle da partida, praticando uma arbitragem moderna, permitindo que o jogo se desenvolvesse sem aquelas interrupções   desnecessárias que tornam o jogo chato e enfadonho. As advertências aplicadas,  a expulsão do atleta do Nacional,  assim como a marcação do tiro penal a favor do Coritiba, foram acertadas. A propósito, o próprio zagueiro do Nacional ao ser entrevistado, parabenizou o árbitro pela marcação reconhecendo que cometeu a falta ao atingir o atacante do Coritiba no tornozelo esquerdo. Confissão continua sendo a rainha das provas. Apenas  um equívoco por parte do árbitro. No início da segunda  etapa, o árbitro foi alertado pelo assistente 2, informando que a equipe do Nacional procedeu  uma substituição no vestiário sem informar a arbitragem, descumprindo o procedimento obrigatório previsto nas regras do jogo. Pela conduta antidesportiva, o atleta recebeu cartão amarelo corretamente, porém permaneceu no campo de jogo, quando deveria ter sido retirado conforme determina a regra. Pergunto: e se porventura o substituto  marcasse um gol, cometesse uma falta temerária dentro da sua área penal ou praticasse uma conduta violenta contra um adversário que viesse a revidar? Nos próximos posts vamos retomar o assunto com mais detalhes. O assistente 1, Julio César de Souza, teve uma boa atuação, errando apenas na marcação de um impedimento do atacante do Nacional quase ao final da partida. Nada que desabone sua atuação. Já o assistente 2, o jovem e promissor Felipe Gustavo Schmidt, muito embora tenha acertado  praticamente todas as marcações, protagonizou o erro mais grave da partida, ao não confirmar o gol a favor do Coritiba, numa bola que ultrapassou em muito a linha de meta (imagem abaixo). E pela característica do lance e posicionamento do assistente, entendemos que a decisão era relativamente fácil. Deu branco. Felizmente não interferiu no resultado final da partida. Vida que segue.



2) Paraná X Prudentópolis

Árbitro: Rogério Menon da Silva
Assistente 1: Ivan Carlos Bohn
Assistente 2: André Luiz Severo

Rogério Menon da Silva é daqueles árbitros que raramente traz problemas para comissão de arbitragem. Consegue manter uma regularidade nos jogos que comanda. Certamente brigaria por uma vaga no quadro nacional não fosse a barreira etária  criada pela CBF que já afastou e continua afastando dos gramados árbitros talentosos que muito contribuiriam para melhoria da arbitragem brasileira. No jogo de sábado manteve o padrão habitual com uma arbitragem segura, permitindo um jogo com poucas paralisações e alguns cartões mostrados pontualmente. Dotado de um excelente preparo físico, consegue estar sempre próximo do lance, facilitando a tomada de decisão. Outra qualidade é a sua discrição e a facilidade de movimentação de costas e lateralmente quando as circunstâncias do jogo exigem.  Parece simples mas a maioria dos árbitros tem enormes dificuldades nesse quesito. Faz uma ótima leitura tática do jogo, talvez por ter sido atleta profissional. Carimbou sua próxima escala. Os assistentes tiveram uma atuação segura, sem erros significativos.  Uma pequena observação ao assistente 2, André Luiz Severo. Na segunda etapa um atleta do Paraná estava caído no campo de jogo, no setor defensivo de sua equipe e com a bola em jogo, e o assistente simplesmente desconsiderou a presença desse atleta em campo, buscando a linha do penúltimo defensor mais a frente, equivocadamente. Deveria permanecer na linha do atleta caído até a próxima interrupção do jogo. Pequeno deslize num jogo em que o trabalho da equipe foi ótimo.

3) Cascavel X Atlético 

Árbitro: Felipe Gomes da Silva
Assistente 1: Moisés Aparecido de Souza
Assistente 2: Jefferson Cleiton Piva da Silva

Felipe Gomes da Silva é natural do Rio de Janeiro e incorporou-se ao quadro de árbitros da federação paranaense de futebol em função do exercício de cargo público federal no estado. Como aspirante a Fifa é atualmente o melhor ranqueado a nível nacional entre os árbitros paranaenses. Neste jogo vinha tendo uma atuação praticamente perfeita até os 37 minutos do segundo tempo, quando interpretou de forma equivocada o lance em que o defensor do Cascavel, dentro da área penal, aumenta a barreira corporal ao abrir o braço esquerdo em movimento não natural, caracterizando ação deliberada. O atleta evita o arremate e utiliza todo seu corpo. Na verdade ele não o faz objetivando a bola, mas tem consciência de que a bola poderá passar por ali e tocar em sua mão num gesto de bloqueio. Em suma, ele aumenta o volume do corpo e portanto corre o risco do choque com a bola. É a punição pela atitude irresponsável do jogador. Tiro penal não marcado que acabou comprometendo seu desempenho no jogo, haja vista tratar-se de lance capital, ou seja, uma grande decisão interpretada erroneamente. No mais, faltou apenas um cartão amarelo ao atleta do Atlético no primeiro tempo, ao interceptar a bola com a mão para impedir que o adversário tivesse a posse e desenvolvesse um ataque. Típica conduta antidesportiva. Os assistentes foram perfeitos sem quaisquer deslizes. O lance de maior dificuldade aconteceu aos 43 minutos do segundo tempo, quando o assistente 1, Moisés Aparecido de Souza, permitiu que o jogo seguisse e quase resultou no gol do Cascavel. Lance  ajustadíssimo que o experiente assistente acertou em cheio.


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