No final de semana tivemos a realização da 5ª rodada do campeonato paranaense, com destaque para o clássico Coritiba x Atlético. Todos sabem que o ATLETIBA é um divisor de águas na carreira de qualquer árbitro de nosso estado. Passar por esse teste implica no batismo final da carreira a nível estadual, passando o árbitro a compor um seleto grupo de profissionais habilitados a dirigir quaisquer jogos estaduais. E nesse caso específico a escala reflete mérito pessoal, e não por influência de fatores externos como vivenciado no Paraná num passado negro que merece ser esquecido. Vejamos como foi a rodada.
MARINGÁ X PARANÁ CLUBE
Árbitro: Fábio Marcos Zocante
Assistente 1: Daniel Cotrim de Carvalho
Assistente 2: Marcelo Pavan
Debaixo de um sol escaldante, o jovem árbitro comandou um jogo com prenúncio de dificuldades pela situação das equipes na classificação da competição. Foi uma partida repleta de grandes decisões, aumentando em muito o grau de dificuldade. No primeiro tempo seu desempenho foi praticamente perfeito com pequenos erros totalmente desprezíveis. Já no segundo tempo, parece que começou a faltar gás, principalmente na segunda metade da etapa final, apresentando enorme dificuldade de aproximação nas jogadas de velocidade. E a falta de melhor condicionamento físico acabou interferindo no desempenho do árbitro que mudou completamente sua leitura dos lances, passando a sancionar faltas inexistentes, situação típica de quem está exaurido fisicamente. Pior que sequer tivemos a parada para hidratação em ambos os tempos. Disciplinarmente, entendo que o atleta do Maringá foi bem expulso por dupla advertência, porém faltou um cartão vermelho para o atleta Barcos do Maringá aos 46 minutos da etapa final numa entrada violenta que visou apenas atingir seu adversário. No geral, as advertências foram bem aplicadas, exagerando em um outro cartão, assim como deixando de usá-lo em uma ou duas oportunidades. Tecnicamente se houve bem até a metade do segundo tempo, quando mudou sua postura completamente conforme dito anteriormente. De todos os supostos tiros penais reclamados, somente no lance ocorrido aos 25 minutos do segundo tempo, favorável ao Paraná Clube, restou claro que houve a infração cometida pelo defensor do Maringá ao atingir o atleta adversário com uma rasteira. Nas demais situações de supostos tiros penais reclamados, ratifico as interpretações do árbitro. Imagem de TV precisa ser filtrada. Em câmera lenta todo toque de mão parece intencional, assim como qualquer braço nas costas parece carga faltosa. O assistente 1 teve um ótimo desempenho, acertando em praticamente todas as marcações relativas a regra 11, com exceção da indicação ocorrida aos 10 minutos do primeiro tempo. Foi muito bem aos 38 minutos do segundo tempo, ao indicar que a infração foi cometida fora da área penal em lance de extrema dificuldade. Belo trabalho em equipe nesse lance. O assistente 2 foi menos exigido, mas acertou nas suas marcações. O assistente 2 cometeu um equívoco que já vimos nesse campeonato e parece que existe um desconhecimento total da regra do jogo. Após uma dividida, o atleta do Maringá caiu fora do campo de jogo próximo a linha de meta, permanecendo a bola em jogo. Equivocadamente, o assistente se deslocou normalmente buscando a linha do penúltimo defensor, desconsiderando esse atleta caído, quando o correto seria considerá-lo como participante ativo do jogo, posicionado sobre a linha de meta, até a próxima paralisação do jogo. No geral foi uma arbitragem satisfatória num jogo de média dificuldade.
CORITIBA X ATLÉTICO
Árbitro: Rafael Traci
Assistente 1: Adair Carlos Mondini
Assistente 2: Jeferson Cleiton Silva da Piva
Se o ATLETIBA é o batismo de qualquer árbitro no Paraná, Rafael Traci mostrou que definitivamente está pronto para alçar voos ainda maiores. É um árbitro preparado para atuar em quaisquer jogos a nível nacional, dentro de um crescimento acompanhado e orientado a que todo árbitro deve submeter-se, além da famosa experiência que somente será adquirida ao longo dos anos. Teve uma atuação de gala, titubeando um pouquinho no início do jogo ao permitir algumas entradas mais duras, sem interferir, mas retomou imediatamente o controle da partida e conduziu com tranquilidade até o final. Os assistentes foram bastante exigidos em relação a regra 11, com diversos lances de difícil interpretação. O assistente 2, que foi galgado ao quadro nacional esse ano, teve um desempenho muito bom, errando em apenas uma marcação de impedimento. Já o assistente 2, mais experiente, acertou em quase todas as marcações, mas infelizmente não conseguiu visualizar o impedimento ocorrido no segundo gol do Coritiba. Lance de alto grau de dificuldade pois é necessária uma excelente visão periférica para determinar o exato momento em que a bola é tocada na cobrança do tiro livre livre, e a posição dos atletas do Coritiba. Tanto Lucas Claro como Leandro Almeida estavam em posição de impedimento no momento do cruzamento. Houve participação ativa de ambos, seja inferindo no jogo (Leandro Almeida cabeceia a bola), seja interferindo no adversário (Lucas Claro também disputa a bola com o zagueiro). Confiram na sequência de fotos abaixo. Ótima arbitragem em jogo de baixa dificuldade.
Foto 1 - Imagem central
Foto 2 - Imagem lateral
Nota
A Comissão de arbitragem escalou um árbitro assistente reserva (Maurício José Braga). Durante todo jogo permaneceu controlando e agindo como quarto árbitro junto a área técnica do Coritiba. Um árbitro assistente reserva quando designado, terá o único dever de substituir um árbitro assistente que não tenha condições de continuar no jogo ou substituir o quarto árbitro se for o caso. Não sou eu que digo. Está expressamente determinado nas regras do jogo. Fez o que lhe foi pedido. Não tem culpa. Foi mal orientado.
Foto 1 - Imagem central
Foto 2 - Imagem lateral
Nota
A Comissão de arbitragem escalou um árbitro assistente reserva (Maurício José Braga). Durante todo jogo permaneceu controlando e agindo como quarto árbitro junto a área técnica do Coritiba. Um árbitro assistente reserva quando designado, terá o único dever de substituir um árbitro assistente que não tenha condições de continuar no jogo ou substituir o quarto árbitro se for o caso. Não sou eu que digo. Está expressamente determinado nas regras do jogo. Fez o que lhe foi pedido. Não tem culpa. Foi mal orientado.
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